Le Corbusier

O século XX foi marcado como a era a era da máquina, baseada na tecnologia da engenharia e na produção em massa, as formas que a definam eram o carro, o avião e os transatlânticos. Porém a arquitetura não acompanhou essa tecnologia, e ficou parada a procura de um novo estilo histórico a seguir. Lê Corbusier tomou como missão substituir esse impasse estilístico da arquitetura por formas novas, tão modernas e revolucionarias quanto o novo século. Ele não era o único a seguir essa ideologia, com ele participava do movimento moderno arquitetos como Mies Van Der Rohe e Walter Gropius, porém Lê Corbusier deixou a marca mais forte dessa época.

Lê Corbusier nasceu em 1887 na Suíça seu nome verdadeiro é Charles Édouard Jeanneret, por ter uma família de artistas, em 1902 (15 anos), foi mandado à escola de artes e ofícios, com a intenção dele trabalhar posteriormente na indústria de relógios.

Em 1906 (18 anos), desenvolveu seu primeiro trabalho como arquiteto, a Villa Fallet, projetada em colaboração com um arquiteto de sua cidade, essa obra mostra claramente as formas que induziam a arquitetura de Lê Corbusier, sua forma foge do estilo arquitetônico daquela região, sendo seu design uma representação esquemática da paisagem florestal onde a casa situa-se. A encomenda da Villa Fallet foi decisiva para Lê Corbusier ingressar na arquitetura e nos dez anos seguintes ele buscou uma formação autodidata, o que trouxe a ele uma dupla influencia, da tradição e da modernidade.

No que ele chamava de “Voyage d’Orient, Lê Corbusier deparou-se com os antigos monumentos e suas ousadas estruturas, o Panteão e o Partenom, lhe pareceram perfeitos com suas precisões”. Em 1908 (21 anos), foi pela primeira vez a Paris e teve sua primeira aprendizagem formal nos escritórios dos arquitetos modernos Auguste Perret e Peter Behrens, posteriormente através da Escola de Arte em La Chaux-de-Fondsv ele foi para Alemanha estudaras artes aplicadas nesse pais. Corbusier conheceu o arquiteto moderno Tony Garnier, outro passo muito importante para sua doutrina. Suas primeiras tentativas com as influencias modernas se deram em 1915 e 1916 (entre 28 e 29 anos), desenvolvendo o tipo básico de casa: Dom-Ino, feita de concreto armado e visando produção em massa.

Em 1916 (29 anos), voltou para Paris, lá ele pôde romper com os estilos do passado, tendo uma inspiração do cubismo trabalhou na criação de uma nova linguagem arquitetônica, o purismo. Seu surgimento oficial como arquiteto moderno se deu em 1920 (33 anos), com a publicação de “Por uma nova arquitetura”. Neste livro escreveu: “A vida moderna exige e espera um novo tipo de planta, tanto de casa como de cidade”. Em 1926 (39 anos), projetou os cinco pontos da arquitetura, resultado de estudos realizados no inicio de sua carreira.

Na Exposição Internacional de Artes Decorativas de 1925, a bandeira do “Esprit Nouveau”, construído por Le Corbusier, e onde  foi exposto o “Plan Voisin“, causou sensação. A partir deste momento, Le Corbusier começou a implantar uma atividade intensa de arquiteto em seu estúdio na rua Sèvres número 35. Em 1925, Le Corbusier ganhou o primeiro prémio para a Sociedade das Nações, em Genebra.

Preocupado com a relação entre o habitante e o local, criou o sistema de medidas que deriva do corpo humano, o sistema modulor, onde o espaço arquitetônico é vinculado ao sistema de medidas que derivam do corpo humano, a partir de suas proporções.

Além de projetar casas, villas mosteiros, e mobiliários em vários lugares do mundo, Lê corbusier fez planejamentos urbanos visando o crescimento das cidades, seriam planos ideais para as cidades de hoje, porém esses projetos não saíram do papel era o “Plano para  uma cidade contemporânea de 3 milhões de habitantes”.

Junto com grandes trabalhos como Centrosoyus Moscovo (1928/29), a “Cité de Refuge Salvation Army of Paris”, e sua colaboração no prédio do Ministério  da Educação no Rio de Janeiro, Le Corbusier continuou seus amplos estudos teóricos sobre urbanismo, e, por conta de diversos paises, projeta diversos planos para as cidades, e para Estocolmo, Buenos Aires, Argel, Nemours (África), Bogotá, Moscou, Smyrna, e assim por diante. O problema do museu em espiral “crescimento ilimitado” preocupou Le Corbusier desde os anos trinta, suas idéias encontraram realização muito convincente no Museu de Arte Moderna ocidental, de Tokyo.

Em 1940 (53 anos), logo após o início da guerra, Le Corbusier deixou Paris e mudou-se para a zona franca, aonde se dedica principalmente à pintura e a estudos teóricos como o modulor. Em 1942 (55 anos) fundou o grupo ASCORAL (Assembléia de construtores para uma Renovação Arquitetônica ). Em 1944 (57 anos), consegue regressar a Paris, onde ele pode-se instalar novamente, em sua oficina. Em seguida, começar a trabalhar um período arquitetônico muito intenso. Em 1946 (59 anos) é chamado a colaborar em criação dos planos do palácio da ONU em Nova York. A “Unidade de habitação”, e suficientemente grande para acomodar 1.600 pessoas, o que faz em Marselha para o Ministério francês da Reconstrução (1945-1952), finalmente hora de fazer a sua idéia de forma convincente, como sempre; casas pré-fabricadas em série de células em processos industriais, da casa de campo para o grande bloco de apartamentos. Cada um com seu apartamento com sala dois andares e um jardim, constitue uma espécie de casa unifamiliar adaptada sob medida as exigências de cada morador.

Graças a comissão do Governo da Índia em 1950, Le Corbusier, foi contratado para construir Chandigarh, nova capital do Punjab, havendo assim a possibilidade de, pela primeira vez, realizar as suas idéias no desenvolvimento urbano. Le Corbusier desenvolveu os planos de arranjo geral e do Capitólio, os edifícios administrativos e de governo, bem como diversas habitações em Ahmedabad. O sucesso da “Unidade de habitação”, em Marselha, levaram à construção de outras unidades de princípio semelhantes aos de Nantes, Briey Meaux-en-Forêt. Em exposição na grande arquitetura, chamada de “Interbau” de Berlim, em 1957, Le Corbusier estava apresentando uma “unidade de habitação”, com 400 casas.

A capela de peregrinação em Ronchamp, Notre-Dame-du-Haut, inaugurada em 1953, é o primeiro edifício sagrado de Le Corbusier. Como é uma “Unidade de habitação” Rochamp está entre as obras que, sem dúvida alguma, deram celebridade ao nome de Le Corbusier além dos profissionais na mídia. O convento de La Tourette, em Eveux, perto de Lyon, e do projeto da igreja Firminy são outros exemplos da arquitetura sagrada. Le Corbusier não assistiu a realização dos seus grandes projectos dos últimos anos, como o hospital de Veneza, o Centro de Investigações Olivetti em Rho, perto de Milão, Embaixada da França em Brasília e o Palácio de Congressos em Estrasburgo.

Morreu vítima de ataque cardíaco em agosto 27, 1965 com 78 anos, enquanto ele estava nas águas do Mediterrâneo. Junto com a arquitetura e planejamento urbano, Le Corbusier teve toda sua vida em pintura e escultura, e durante seus últimos anos, de tapeçarias.

–         Movimento artístico e arquitetônico que ocorre em paralelo com as vanguardas modernas (Cubismo, expressionismo, etc.);

–         Surge na França mas se difunde rapidamente pelo mundo europeu e americano (todas as Américas);

–         Não teve caráter intelectual e alguns o consideraram uma versão simplificada das Expressões Modernas e talvez esteja nisso a explicação de sua grande aceitação popular;

–         Seu apogeu dá-se nas grandes cidades americanas, principalmente Nova York;

–         Além da Arquitetura (e um pouco de Urbanismo) foi muito difundida nas Arte Aplicadas – tanto objetos industriais, quanto artesanais;

–         Estética de repetição seja de formas ou linhas, volumes ou espaços, obedecendo alguma lógica.

–         O Art-Déco aparece em diversos programas – desde prédios institucionais (estações e escolas), casas, hotéis e cassinos, teatros, cinemas, bares e restaurantes, mas principalmente em edifícios (prédios de apartamentos e/ou escritórios);

–         Geralmente a volumetria arquitetônica é bem recortada, ou quebrada, com volumes que, embora cortados, vão se associando uns aos outros, mais salientes ou mais reentrantes, mais altos ou mais baixos, mas sempre obedecendo a composição simétrica.

–         Reforçando a simetria, vem a exigência de Axialidadem, ou seja, criam-se eixos verticais desde a entrada principal até o topo – que demarcam bem os dois lados. Tais grandes eixos centrais podem aparecer também na estrutura urbana como por exemplo no conjunto de prédios cortados por um jardim central no Rockefeller Center;

Rockfeller Center

–         Vários elementos decorativos em estuque, metal, cerâmica policromada, aparecem distribuídos em faixas ou franjas – geralmente horizontais (mas as vezes também verticais). São áreas visuais fortes onde se concentram os relevos, retirando-os de toda a superfície do prédio para criar arremates mais nítidos e importantes;

–         Gosto pelas texturas na arquitetura – tanto externas como internas (embora externamente o material predominante seja o concreto, pintado ou não), além dos toques de dourado e prateado (derivado este último, dos cromados). Nos interiores, nos EUA, aparecem até mesmo paredes revestidas de uma espécie de flanela.

SIGNIFICADO:

– Criação da Tipologia do Arranha Céu;
– Solução estrutural, formal e funcional, para cidades densamente populadas e lotes relativamente pequenos com uma especulação imobiliária que leva a verticalização da construção;
– Solução econômica (voltada ao lucro – modelo capitalista).

CHICAGO – A CIDADE DOS NEGÓCIOS

– Situação geográfica (meio-oeste americano);
– Nó ferroviário, enriquecimento comercial:
– Bancos;
– Cias. Seguradoras;
– Grandes lojas de departamento;
– Armazéns.

“GREAT FIRE” – GRANDE INCÊNDIO DE CHICAGO (1871):

– Reconstrução Estrutural:
William de Baron Jenney (engenheiro): construções em esqueleto verticalizada. Edifícios de formas puras sem decoração.

– Reconstrução Cultural:
Sullivan, Adler, Hollabiro, Roche (arquitetos).

CORRENTE CULTURALISTA

– Associavam as inovações com boa composição formal;
– Sullivan e suas características:
– Conceito Tripartido: Nova forma de equilíbrio, edifícios com 3 corpos;
– Sistema de circulação vertical (elevadores);
– Sistemas internos de comunicação (telefonia);
– Estética de sobriedade: Praticidade;
– Slogan de Sullivan: “Form follows formation”;
– Uso misto dos prédios;
– Skyline;
– 1895 – Reorientação ao passado.

– Inicia-se com as artes aplicadas (desing de talheres, papéis de parede, desing de luminárias), após transita para a Arquitetura, mas começa sutilmente, com elementos como maçanetas portas, corrimões, etc.

Corrimão

SIGNIFICADO:
Retorno dos arquitetos ao campo da construção civil, retornada do prestígio dos arquitetos.
Começam a tornar o Concreto como protagonista de seus projetos.

ORIGENS:
Inglaterra, Bélgica e a França

WILLIAN MORRIS – (Inglaterra):

William Morris (Inglaterra)

Os objetos produzidos pela Revolução Industrial eram feias e mal acabadas, sem valor por ter ligação apenas com o baixo custo, e a arte estava sendo apagada. Propôs então que os artistas/desings definiriam as formas (protótipos) e acompanhariam a produção para melhor adaptar aos materiais industriais, avaliando também o acabamento.

Devido ao aumento do custo para as industrias o conceito de William Morris não vingou. Da idéia inicial de democratização, o Art-Nouveau concluiu-se como arte de elite.

CARACTERÍSTICAS:

– Assimetria;
– Figuras lineares e bidimensionais;
– Linhas complexas e dinâmicas;
– Formam-se arabescos;
– Estilização de formas vegetais e animais;
– Decorativismo (porém desligado do clássico, um novo estilo);
– Síntese entre FORMA + FUNÇÃO + DECORAÇÃO
– Materiais associados (usando móveis de madeira e metal, por exemplo).

Art-nouveau (candelabro)

Art-nouveau (linearismo e arabescos)

CARACTERÍSTICAS NA ARQUITETURA:

– Mudança na metodologia de projeto. O projeto inicia-se pela subdivisão dos espaços internos (plantas);
– O espaço se desenvolve “de dentro para fora.”
– Esteticismo, ou seja, a forma ainda prevalece sobre a função;
– Uso dos 3 materiais: vidro, ferro e concreto, predominando o concreto;
– As plantas começam a ganhar independência, diferentes plantas para cada pavimento;
– Programas residenciais:
– Casas unifamiliares de 2 pavimentos;
– Prédios de apartamento de +/- 6 pavimentos com poço de ventilação e iluminação, acessos por escadas;
– Elementos plásticos da arquitetura, elementos externos como janelas altas e levemente arredondadas, aparecendo também em portas e portões de ferro, e nas janelas eram seccionadas por estreitas colunas de ferro, trabalhada com detalhes.
– Concentração decorativa entre as portas e janelas.
– Peças separadas por arcos;
– Uso de grandes clarabóias de vidro colorido jateado, etc…
– Junção de ARTE + FUNÇÃO + ESTÉTICA + ESTILO;

Embora aceito por toda a Europa, o Art-Nouveau ocorreu em três ciclos:

1 – Cliclo Franco-Belga:
(Victor Horta, Henry Van de Velde e Hector Guimard);
Trazia linhas curvas, sinuosas, decoração forte no exterior e interior.

Art-nouveau (Victor Horta,Casa Tassel, Bélgica)

Art-déco no Ciclo Nórdico (Rockefeller Center)

3 – As Obras de Gaudi. (Barcelona, que foge dos outros dois ciclos):
Trouxe obras como:
– Igreja da Sagrada Família;
– Casa Baltó;
– Casa Mica;
– Parque Guell.

Gaudi pare do Art-Nouveau, mas ao final vai além, sendo mais importante o visual. Fazendo um apelo à fantasia.

As novas estruturas de esqueleto metálico da Escola de Chicago tem sido consideradas como os primeiros “arranha céus”.

Mas devemos entender que arranha céus não esta ligada diretamente à altura do prédio, ao menos neste primeiro momento em que a circulação vertical ainda conta apenas com escadas, pois elevadores surgem apenas em 1852, quando os primeiros arranha céus surgiram eles tinham entre 5 a 6 pavimentos, sendo tanto unifuncionais (apartamentos residenciais ou escritórios) ou multifuncionais.

O esqueleto metálico trouxe a liberdade das paredes portantes, neste momento a estrutura é resistente e independente, onde as paredes agora servem apenas como elemento de vedação.

Na década de 20 grandes corporações começam a rivalizar entre si construindo prédios cada vez mais altos, quanto maior a altura, mais poder a corporação demonstrava ter. Neste momento surge a expressão Skyline, que é a paisagem da cidade vista destes arranha céus.

Neste primeiro momento os arranha céus tendem a seguir o movimento de geometria do Art Déco, como o Empire State em Nova York, o Crysler e o GE Building.

Empire States (NY)

Já nos anos 40, o Art Déco caí, onde agora quanto menos decoração melhor, o chamado “less is more” (menos é mais). Obras como o Lever Building e o Word Trade Center em Nova York são exemplos desta época conhecida como Estilo Internacional, que teve apogeu nos anos 50 e 60, este estilo priorizava as linhas verticais e continuas, geralmente usando muito vidro.

Na década de 70 o Estilo Moderno enfrenta criticas, os edifícios agora já não têm mais formas rigorosas e retilíneas, novas formas de composição aparecem. Como por exemplo, no edifício Sony Building.

A arquitetura que se pratica a partir dos anos 80 já não e considerada moderna, no sentido de não mais se basear nas regras do Movimento Moderno. Ela desdobra-se em variadas diretrizes – todas consideradas dentro de uma Fase Contemporânea. Os arranha céus contemporâneos parecem perseguir certos objetivos específicos:

a) individualização das formas e geração de imagens arquitetônicas de alto impacto;
b) obter o máximo de eficiências construtiva, funcional e ecológica (tendência High Tech e ás vezes o Minimalismo);
c) vencer competições pelas maiores alturas (no que estão maus empenhados os países asiáticos);